sábado, 23 de agosto de 2014

TIREM SUAS CONCLUSÕES

Guia de Paulo Câmara segue priorizando a emoção da perda de Eduardo. “Tema” já pode estar cansando eleitor

                                Ricardo Fernandes /DP/D.A Press

O guia eleitoral de Paulo Câmara, continua apostando em Eduardo. No legado, na despedida, nos ideiais que devem ser tocados adiante e, principalmente, na emoção que não mais contar com o líder.
A apresentação de Paulo aconteceu – com os depoimentos clichês de amigos e familiares – mas os jingles e imagens predominantes continuam a fazer referência a Eduardo.
O PSB ensaiou ir além da homenagem/valorização da comoção quando apresentou depoimentos de eleitores “órfãos” afirmando que era preciso votar em Paulo como forma de assegurar a continuidade do projeto do ex-governador.
“Se Eduardo acredita (no valor do seu candidato ao governo), por que não vamos acreditar?”, questionou uma entrevistada, indicando que esse deve ser mote para programas futuros. Mas, depois, a linha da consternação foi retomada.
Por enquanto, o que se vê, é que a direção do guia socialista opta por explorar imagens e declarações antigas do ex-goveranador e mesclá-las com o conteúdo captado após sua morte.
Tudo permeado pela busca da emoção. Aí se capricha nas manifestações de saudade, na ideia de se cultivar o que ele plantou e na obrigação de nunca “desistir do Brasil”.
Obviamente as mensagens são todas baseadas em elementos subjetivos (alguns citados pelo ex-governador), como força, coragem, vontade, fé em Deus, exemplo a ser seguido e por aí vai. Nada de proposta.
Escrevi aqui, no início desta semana, que a Frente Popular, era óbvio, ia utilizar a morte prematura da Eduardo na propaganda eleitoral.
E lembrei do risco desse uso, destacando que o limite entre remédio e veneno seria a dose empregada no guia.
Pelo que eu tenho ouvido nas ruas, a forma e a intensidade da exploração da ausência do ex-governador já está cansando. Tem gente criticando o exagero.
No guia de Fernando Bezerra Coelho (PSB), concorrente da Frente ao Senado, Eduardo apareceu, mas com menor espaço, e sem tanto drama, como vinha ocorrendo.
No de Armando Monteiro (PTB), candidato ao governo pela oposição, apenas uma referência ao ex-governador – ao citar a campanha de 2010, foi destacado que o petebista foi eleito ao Senado na chapa de Eduardo.
O programa de João Paulo (PT), que concorre ao Senado na chapa de Armando, nada de Eduardo. O espaço foi dedicado às obras de retirada das palafitas e urbanização de Brasília Teimosa.
Fonte: http://blogs.diariodepernambuco.com.br/politica/?tag=paulo-camara

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